sábado, 10 de agosto de 2013

Um Orientador Educacional Jamais deve cair nas Garras da Prepotência Profissional

Caros orientadores educacionais fiz uma leitura deste artigo e penso que tem muito a ver com o nosso papel. Passo aqui para deixar o texto de reflexão e lembrá-los que não podemos esquecer jamais dos nossos sentidos.







Não caia nas garras da prepotência profissional
Por Julio Cesar Santos
09 de maio de 2013, 13:46
            Não importa o cargo, o status e tampouco o tempo de experiência, todos nós sempre precisamos aprender e nos reciclar. E ainda temos muito a vivenciar, é claro!
            Conheço muitas pessoas que vinculam arrogância ao dinheiro e ao poder. E, de forma idêntica, essas mesmas pessoas também atrelam humildade à pobreza e à submissão.
            Essa incorreta concepção de humildade começa do lado de fora do nosso trabalho, pois muitas pessoas acreditam que humildes são as pessoas que aparentam simplicidade nas suas palavras ou nos seus hábitos.
            Ou são aqueles com baixa instrução escolar ou poucos recursos financeiros e patrimoniais. Quando veem alguém rico ou poderoso guiando um veículo modesto, rotulam essa pessoa de “modesta e simples”.
            Talvez nós não saibamos o profissional que somos, pois simplesmente desconhecemos as diferenças entre um e outro. Por exemplo: onde normalmente encontramos um dono de restaurante? Na cozinha? Nas mesas, em contato com os clientes?
            Não. Infelizmente encontramos muitos deles nos caixas do próprio restaurante. E o mesmo acontece com muitos gerentes de hotéis, pois não os encontramos na recepção, no restaurante ou saguão do hotel. Eles estão enclausurados em seus escritórios com as portas fechadas.
            Essas pessoas consideram o ato de servir como sendo algo de pouca importância nas suas profissões.
            Dar uma mão na cozinha, limpar a mesa quando o restaurante está cheio, carregar as malas dos hóspedes ou atendê-los na recepção é para muitos profissionais um trabalho serviçal e indigno.
            No entanto, servir é o ato mais nobre e sublime praticado por um profissional – seja ele um diretor ou um estagiário – pois servir aos outros não deprecia ninguém. Ao contrário, ser útil às pessoas só edifica o caráter.
            Servir não significa rebaixar-se, mas exaltar o espírito de satisfazer.
            Servir não é um ato de se diferenciar, mas sim um ato de se igualar. Servir é dar exemplos para sua equipe e para seus clientes. Ser humilde é entender que não sabe tudo e não controla tudo, pois não se atinge objetivos sozinhos.
            O profissional humilde pensa como Airton Senna – “Quando venço não sou eu apenas quem vence, pois de certa forma termino o trabalho de um grupo de pessoas”.
            Agora, caro leitor, pense sobre um copo de vidro cuja metade está servida de água e a outra metade está vazia.
            O copo significa este profissional, a água constitui a humildade e o espaço vazio significa a arrogância.
            Se enchermos o copo até a boca teremos um profissional muito humilde, mas se esvaziarmos o copo teremos um profissional extremamente arrogante.
            A metáfora acima nos leva acreditar que um copo pela metade represente o equilíbrio entre a humildade e arrogância de um profissional. Porém, o equilíbrio não está na dosagem da água, mas sim no líquido com o qual esse profissional colocará no copo.
            Experimente encher um copo com limonada. São 90% de água pura, mas a diferença está no teor levemente amargo do limão.
            Este gosto amargo representa os momentos que o profissional deve ser rígido, duro e direto nas palavras e ações.
            A humildade não é um ato de fraqueza, mas uma postura que requer fortaleza de espírito. Por isso, às vezes, ele pode ser mal compreendido.
            Mas, tome cuidado para não se tornar um “profissional modesto”, pois como disse um filósofo alemão do século IXX – “O que é a modéstia senão a humildade hipócrita, pala qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não têm?”. [Webinsider]
Leia também:
- See more at: http://webinsider.com.br/2013/05/09/nao-caia-nas-garras-da-prepotencia-profissional/?goback=%252Egde_2063401_member_241531238#sthash.1AQUAXoJ.dpuf


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Saber +Testes 
 Baseado no teste descubra seu talento procurou-se adaptar-se a um teste para reflexão do Orientador Educacional

1. Nos eventos da escola você cumprimenta todos os presentes e se sente à vontade o tempo todo.
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
2. Quando o ambiente escolar está em desarmonia, você procura ajudar para encontrar soluções para os problemas
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
3. Quando um colega de trabalho tem um problema, você é uma das primeiras pessoas a que percebe e que ele confia para desabafar
 Sempre
 Às vezes
 Nunca 
4. Você consegue enfrentar uma reunião de pais  com bom humor mesmo após um dia de aula  longo e cansativo
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
5. No seu dia-a-dia na escola você se preocupa com a apredizagem e avaliação dos alunos
Sempre
 Às vezes
 Nunca
6. Você segue fielmente as normas e os procedimentos definidos pela equipe diretiva da escola
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
7. Quando coordena reuniões de trabalho pedagógico, assembléias de pais e alunos, você registra as decisões tomadas. Posteriormente, envia cópias a todos os participantes
 Sempre
 Às vezes
 Nunca 
8. Você é reconhecido pelos colegas da escola  como alguém que tem e persegue objetivos muito claros é responsável, comprometido, assíduo e pontual.
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
9. Quando um dos professores alunos ou pais  não apresenta o desempenho esperado,  ou não cumpra o combinado,você se irrita e diz a ele o que pensa, sem medir palavras
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
10. Ao ser abordado por um colega que critica suas ações de orientador educacional, você se mantém calmo e ouve atentamente o que ele tem a dizer
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
11. Quando o seu gestor escolar, ou outro segmento da escola faz avaliação de seu desempenho, você consegue ouvir as críticas e fazer imediatamente uma análise que fundamente ações imediatas de melhoria
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
12. Na sua rotina de trabalho você se sente tranqüilo para discordar de quem quer que seja e tomar as próprias decisões pelo bem comum da maioria
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
13. Quando se envolve com um novo projeto, você o expõe a algumas pessoas-chave da organização, com o intuito de conquistar aliados 
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
14. Quando surgem situações de conflito de interesses no  ambiente escolar, você é lembrado como alguém que pode ajudar a ajustar as coisas
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
15. Na sua atividade de orientador educacional, quando batalha por um ideal e encontra algum revés, você não desiste e busca outro caminho para concretizar seu objetivo
 Sempre
 Às vezes
 Nunca 
16. Antes de apresentar uma proposta de trabalho, você estuda quem são as pessoas com poder de decisão e formata o projeto de modo a lhes agradar
 Sempre
 Às vezes
 Nunca 
17. Quando surge um projeto de mudança no ambiente escolar , você logo se apresenta como um candidato a coordenar o projeto
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
18. Quando se reúne com subordinados que ambicionam o seu lugar, você deixa bem claros quais os limites do cargo deles
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
19. Você não se sentiria constrangido em disputar uma vaga com seu amigo mais próximo
 Sempre
 Às vezes
 Nunca
20. Você consegue expressar seus pontos de vista e lutar por seus interesses diante de qualquer pessoa
 Sempre
 Às vezes
 Nunca


Ninguém consegue ser SEMPRE, ser ÀS VEZES É NORMAL DO SER HUMANO, porém se a maioria de suas respostas for NUNCA, é preciso ter cuidado com a postura de orientador educacional. 
Um Orientador Educacional deve estar sempre atento aos seus atos e atitudes. Como diz Ruben Alves
... Muitas virtudes do espírito nascem da incompetência do corpo.
Há uma disciplina de silêncio não total, mas de uma fala mínima. Só falar quando a fala fosse melhorar o silêncio. 
Inspiração é quando a gente não sabe de onde a ideia vem.

http://veja.abril.com.br/testes/descubra-seu-talento.shtml



sábado, 27 de julho de 2013

PROPOSIÇÃO: ESTUDO DE CASO

                                               Katia Gomes
            Em uma turma de sétimo ano de Ensino Fundamental, três alunos se         comportam demonstrando inadaptação escolar. Não trazem o material, não cumprem tarefas de casa, não se relacionam com os demais colegas nem em sala nem no pátio.
            São novos na instituição. E como estamos no final do primeiro bimestre, foi  possível observar que não puderam demonstrar rendimento acadêmico.
INTRODUÇÃO
            Mesmo para os estudantes que possuem mais facilidade de socialização e  convívio   com  outras pessoas, não importando  a idade, sempre que é necessário mudar de escola, seja qual for o motivo, é sempre um desafio. O processo de adaptação de uma escola para a outra  é  doloroso para os estudantes, entretanto na adolescência isso se agrava devido ao mesmo estar enfrentando inúmeras mudanças  sejam físicas ou emocionais. Assim a escola precisa estar atenta as necessidades e diferenças individuais de cada aluno.
            Todos os envolvidos no processo escolar devem rever seu planejamento, repensar  seus objetivos e rever a sua postura diante dos alunos. A ideia de que a disciplina é importante na escola, não apenas como um conjunto que organiza o ambiente escolar, mas também, como um objetivo educacional que leva o aluno à construção do conhecimento, da liberdade e principalmente da Autonomia precisa ser revista e adaptada a cada realidade.
            É importante seguir o currículo escolar, vencer os planos de aula e obter bons resultados na aprendizagem, mas nada disso é importante se o aluno não se sente bem no ambiente escolar. É preciso portanto, verificar as necessidades de cada aluno e ter um olhar especial aos alunos que chegam, e como chegam na escola. Para que o mesmo possa se adaptar o mais rápido possível ao novo ambiente.
Seleção de estratégias (observação, análise de documentos, entrevista, aplicação de questionários) para coleta de dados;
            Em um primeiro  é necessário conhecer o histórico destes alunos, verificar de onde vieram, porquê vieram e quais as sua dificuldades em um segundo momento observar os alunos em sala, no recreio. Para Castro:
"Esse ambiente de mudanças, que traz consigo uma radical mudança no processo de troca de informações nas organizações e afeta, também, todo um sistema de comunicação baseada no paradigma da transmissão controlada de informações, favorece o surgimento e a atuação do que chamo de novos Messias da comunicação, que prometem internalizarem nas pessoas os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e o comprometimento à nova ordem de coisas, organizarem rituais de passagem em que se dá outro sentido aos valores abandonados e introduz-se o novo." ( 2012,p.14)

            Em seguida chamar os alunos individualmente para uma conversa entrevista; fazer apontamentos; questionar suas necessidades; seus anseios e angustias;
            Posteriormente enviar questionário para a família e após análise do questionário, marcar encontro com os responsáveis pelo aluno para conhecer a sua realidade;
            Buscar soluções para a resolução do problema, conversando com os professores e com a turma em que os alunos estão inseridos; propor dinâmicas de grupos para socialização; buscar parcerias com os professores para que ofereçam atividades de integração; envolver os alunos em atividades da escola; chamá-los para que sejam responsáveis por atividades importantes.
            E por fim fazer uma análise e avaliação dos resultados, que envolve os professores, os colegas, os próprios alunos e a família.
             É preciso entender que o contexto comunitário, cultural   e  familiar  em  que  o  aluno  vive e  que  tem igualmente  muita influência no aparecimento  de conflitos no ambiente escolar, dificultando a socialização.Lourenço (1996,  p.99) , afirma que  “o pai ou a mãe estão a contribuir decisivamente para a prevenção de comportamentos anti-sociais do seu filho, quanto menos este 'tiver de viver angustiado com os problemas de emprego, saúde e habitação”.
Já  D’Antola diz que:
O aluno que é deixado de lado, ocupado com tarefas que não lhe interessa, pode tender para duas atitudes extremas: ou se torna apático e se sente diminuído e alheio aos trabalhos escolares, ou se torna revoltado, chamando atenção de todos, agredindo para ser ouvido. No primeiro caso, é ignorado, pois não incomoda ninguém. No segundo, é punido e repudiado por todos. Em ambos os casos, o resultado é um só: a exclusão da escola, engrossando as estatísticas da evasão escolar. (D’ANTOLA, 1989:86).
            Neste sentido, o serviço de orientação educacional deve estar atendo e propor formas de conquistar este aluno, envolvendo o mesmo em  atividades  do seu interesse e que assim possa estar na escola não apenas por necessidade mas porque está aprendendo e se desenvolvendo. De acordo com Chagas (2001) “devem coexistir na escola, a disciplina e a educação para a liberdade e responsabilidade. A liberdade não é o direito de fazer o que se quer, mas sim, fazer o que se deve.”
            Portanto a socialização, a interação e a cooperação entre os pares deve ser uma prática diária no ambiente escolar.
Referências

CASTRO, Elisangela de Jesus. Relações interpessoais, 2012. http://pt.scribd.com/doc/111703527/10. Acessado em 19 de julho de 2013.

LOURENÇO, Orlando M.-  Educar hoje   as crianças para  o  amanhã 1996. www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/indisciplina-escola-que-fazer/ http://marismartins.blog.uol.com.br/

domingo, 21 de julho de 2013

Carta de São Paulo aos Romanos - Cap 12 V. 1-21 - Oração que melhor combina com a postura do Orientador Educacional



Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; 
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;
Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;
Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Bíblias

Orientação Educacional - relações interpessoais

Papel do Orientador frente as relações interpessoais

 Psicólogo Kurt Lewin. MAILHIOT (1976: 66 “A produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas, sobretudo com a solidariedade de suas relações interpessoais”. Assim o orientador educacional precisa estar atentos ás necessidades do grupo para viabilizar um ambiente escolar saudável para todos os membros da comunidade escolar.

MAILHIOT  (1976: 67) diz que a necessidade do ser humano está na  inclusão, no controle e na afeição. Os autores são unânimes em reconhecer a grande importância do tema “relações interpessoais” tanto para os indivíduos quanto para as organizações, relativamente à produtividade, qualidade de vida no trabalho e efeito sistêmico. Assim 


Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra. O professor, assim não morre jamais...”

Rubem Alves (2000)


"Fragmento da monografia"
Capitulo que trata da relação inter e intra pessoal no processo de aprendizagem em grupo
A AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

3.2 A RELAÇÃO INTER E INTRAPESSOAL NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM EM GRUPO

             Segundo o aluno D (EJA) as relações em sala de aula são importantes pois “conversar referente a assuntos da escola, o andamento da aula, as idéias dos colegas, mantendo uma amizade onde o ambiente não é pesado e podemos até, uma vez que outra contar”causos” é muito bom”. A aluna D (EJA) expressa seu sentimento dizendo “Sou bem recebida tanto pelos colegas como pelas professoras que nos tratam com carinho”. Já a aluno B (3ª série), destaca que gosta de fazer grupos em sala de aula e diz “Gosto de” me encostar “com os colegas, me sinto bem e aprendo muitas coisas.”
             É interessante destacar que o autoconhecimento e a capacidade de controlar as emoções favorece a relação interpessoal do aluno com seu professor e com os demais membros do grupo  despertando-o para a aprendizagem. A esse processo Daniel Goleman define como Inteligência Emocional.
             Inteligência Emocional é o conjunto de habilidades que compreende, gerencia e expressa os valores e aspectos sociais e emocionais da vida do ser humano e que permite  o manejo bem sucedido das tarefas diárias como formação de relacionamentos, solução de problemas e adaptações às complexas demandas  e exigências do crescimento e desenvolvimento, incluindo  a autoconsciência, o controle da impulsividade, o trabalho cooperativo e o interesse sobre si mesmo  e os outros.
            A inteligência emocional está relacionada ao desenvolvimento de inúmeras habilidades tais como: motivar-se e persistir em face de frustrações, controlar impulsos, canalizar emoções para situações apropriadas, motivar e engajar-se a objetivos de interesse comum. Então:
“Quando falo em educação como intervenção me refiro tanto a que aspira à  mudanças radicais na sociedade, no campo da economia das relações humanas,da propriedade do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde, quanto a que, pelo contrário,  reacionariamente, pretende imobilizar a História  manter a ordem injusta.”  (FREIRE, Paulo, 2002. p.23).
             
                A  vida é um constante relacionar-se e para que o ser humano tenha consciência desta prática necessita em primeira instância, conhecer-se para posteriormente conhecer o outro.
Daniel Goleman (1995), mapeia a inteligência emocional em habilidades assim definidas: autoconhecimento emocional; controle emocional; automotivação;  reconhecimento das emoções em outras pessoas e relacionamentos interpessoais.Segundo o autor, as três primeiras habilidades constituem a inteligência intrapessoal  e as duas últimas como inteligência interpessoal.
A inteligência interpessoal pode ser identificada como um conjunto de habilidades para entender outras pessoas , o que as motiva, como trabalham e como trabalhar cooperativamente, possuindo aspectos relevantes às situações de relacionamento envolvendo liderança, mediação de soluções, sintonia pessoal (empatia) e sensibilidade pessoal.
 Vejamos o que diz o aluno B (EJA) “Entre os mais velhos nos entendemos bem, os mais jovens têm outra visão das coisas e fica difícil o entendimento; não temos os mesmos pensamentos”. A aluna B (EJA) “Em sala de aula há diálogo entre os colegas, cada um fala o que pensa, trazendo novas idéias”.
 A  Inteligência Intrapessoal trata das habilidades de autoconhecimento emocional, controle das emoções e automotivação. Aprendendo  identificar e controlar a emoção e solucionar problemas, o aluno poderá participar da vida em grupo sendo reconhecido coletivamente e terá condições  de analisar,  resolver conflitos, diminuir a agressividade e encontrar o ponto gerador do aprendizado.
 As relações do individuo no grupo são por isso mesmo, importante não só para o aprendizado social, mas fundamentalmente, para a tomada de consciência de sua personalidade. A confrontação com os companheiros permite-lhe constatar que é um entre os outros, e que ao mesmo tempo, é igual e diferente deles. Enfim, as vidas afetivas, sociais e intelectuais supõe, efetivamente, a vida social.   O objetivo educacional, se quiser sobreviver, deve tornar-se a facilitação de mudança e aprendizagem. Por esse ponto de vista, o único homem educado é o homem que aprendeu a aprender: o homem que aprendeu a adaptar-se e mudar, que percebe que nenhum conhecimento é seguro e que só o processo de buscar conhecimento dá alguma base para  a segurança. Só de um contexto interpessoal no qual a aprendizagem seja facilitada surgirão “verdadeiros estudantes, reais aprendizes, cientistas e intelectuais criativos-praticantes, indivíduos da espécie capazes de viver em um equilíbrio delicado, mas sempre mutável,entre o que é atualmente conhecido e os fluentes, móveis e mutáveis problemas e fatos do futuro”.
 Facilitação de aprendizagem não é equivalente a ensino como é comumente definido. Não depende necessariamente, por exemplo, de aptidões particulares do líder,nem de seu conhecimento erudito, nem de seu planejamento curricular, nem do uso de recursos audiovisuais. Não depende de aprendizagem programada, aula, relatórios orais ou mesmo livros, lápis e papéis. Qualquer destes pode, naturalmente, ser utilizado como recurso. De fato, um facilitador de aprendizagem é  somente isso em relação ao aprendiz, um recurso, mas  um recurso vivo. O facilitador só pode funcionar na relação interpessoal com o aprendiz. É esta relação que deve, portanto, ser de primordial importância em qualquer cenário educacional. A primeira dessas atitudes essenciais é a realidade ou genuidade. O professor para ser um facilitador, precisa despojar-se do tradicional “papel”, “máscara”ou “fachada” de ser “O PROFESSOR” e tornar-se uma pessoa real com seus alunos. Isso significa que os sentimentos que está tendo, sejam quais forem, necessitam de aceitação e transparência para com seus alunos. Se estiver entediado ou zangado, entusiasmado ou com simpatia, pode estar assim livremente, sem precisar impor isso aos alunos. Estudantes deveriam ser livres para responder de tal maneira, contudo nos parece que somente o professor tem o direito de demonstrar seus sentimentos.
Uma segunda atitude que deve impregnar a relação professor-aluno é o nascimento de confiança e aceitação, considerando-se digno e valioso. Isso envolve preocupação , mas não de natureza possessiva ou controladora. É  a aceitação  do outro como uma pessoa separada, como sendo digna por seu próprio direito e como merecedora de plena oportunidade de buscar, experimentar e descobrir aquilo que o engrandece.Como a aprendizagem pode muitas vezes envolver uma mudança organizada do eu, isso ocorre mais freqüentemente quando ameaças externas ao “eu” estão minimizadas. E finalmente, em qualquer relação que deva ocorrer aprendizagem, precisa haver comunicação entre as pessoas envolvidas.
 Comunicação por natureza, só é possível em um clima caracterizado por compreensão empática. Um facilitador de aprendizagem deve ser sensivelmente consciente da maneira como o processo de educação e aprendizagem parece ser para o estudante. Os aprendizes, para serem bem sucedidos  em suas tarefas, precisam de comunicação. Precisam, acima de tudo, ser compreendidos, não avaliados, não julgados, não ensinados. Facilitação exige compreensão e aceitação empática. Mudanças e inovações que são decididas durante uma experiência intensiva de grupo tem realmente mais probabilidade de implementação do que em outros casos. É necessário que a educação, no seu sentido mais geral, tenha conhecimento e seriedade das etapas de desenvolvimento infantil relacionadas à aprendizagem, para que sejam adotadas práticas pedagógicas mais adequadas e consistentes, assim como os educadores se detêm  em suas avaliações “pessoais” diante dos “problemas” de seus alunos e focalizam sua atenção à dinâmica desses sujeitos nos processos cognitivo e afetivo, não ficando, em muitos casos, unilaterais em suas conclusões precipitadas e rotuladoras. A vida afetiva e cognitiva supõe relativamente a vida social, e o professor (educador – facilitador) é um “mestre”, que juntamente com o aluno deve trilhar por esta conquista.
 O homem não nasce com a regulamentação instintiva ao processo de adaptação ao mundo que o cerca, uma vez que quanto mais desenvolvido é o cérebro de uma espécie maior seu poder de aprendizagem e menor seu equipamento instintivo de adaptação.Percebemos então:

“Como é fácil perceber, todo homem é uma criatura singular, presa a certas leis naturais, mas livre para conceber outra. Essa incrível mistura de possibilidades torna quase infinitos os tipos de” personalidades “existentes entre os seres humanos.” (ANTUNES, Celso, 2003. p. 13)
                    
             Partindo deste princípio, a escola deveria se preocupar em encontrar caminhos para que o aluno compreenda  a sua singularidade como pessoa e o seu real valor e que está nesse planeta de passagem, entenderia que é necessário viver plenamente cada minuto de sua existência. Assim na relação aluno-professor entende-se que  mesmo não sendo suficientemente livre para optar em ter ou não seus ideais teriam a capacidade de valorizar suas ações mesmo que pequenas.Descobriria que sua personalidade é única e própria ainda que tenha traços comuns com outras pessoas, pois possui características herdadas e outras que podem ser adquiridas através da convivência em grupo e são estas que definem o seu caráter. Portanto é na escola e através do  convívio com os demais que o aluno forma a sua personalidade.“...enquanto seu temperamento pode ajudar a criar ou solucionar alguns problemas não  muito marcantes, seu caráter mostra até que ponto você foi aprovada na gostosa arte de viver.”  (ANTUNES, Celso, 2003, p. 14)
                A formação do caráter tem fundamental importância no convívio com as pessoas, pois nada impede que se possa educar e por sua vez alterar a bagagem de qualidade ou defeitos herdados dos seus antepassados mesmo que de forma lenta, é possível construir um caráter produtivo, justo e amável.
A escola, através de sua filosofia, e de seus educadores, pode influenciar o aluno, contudo cabe somente a ele escolher  a relação que terá no ambiente que convive sendo produtivo ou destrutivo. Apenas suas vivências o farão compreender este processo de transformação.
Vejamos o que diz a aluna B (EJA) “Gosto de vir à aula, dos professores e dos colegas, o que me faz sentir assim é o incentivo dado por todos  e a convivência do grupo”. O aluno C (EJA) “Trabalhamos o dia todo em serviço pesado, se não gostasse da escola, dos professores e dos colegas eu não viria à aula”. E o aluno C (3ª série) “Gosto de vir à escola porque a gente aprende um monte de coisas com a professora e com os colegas”.
Celso Antunes (2003) explica que a inteligência intrapessoal está ligada à maneira do indivíduo perceber sus limitações e potencialidades. É a inteligência da auto-estima, que bem desenvolvida apresenta pessoas otimistas, não porque leram alguns conselhos de auto-ajuda e aplicaram por alguns dias, mas porque a imagem que fazem de si mesmo é voltada para a alegria permanente de estar sempre em processo de construção.  Esse processo de construção é reforçado na relação professor-aluno e aluno- grupo, quando ambos buscam o crescimento pessoal,   aprendizagem e o bem estar coletivo com humildade e confiança. Afirma que toda pessoa com baixa inteligência intrapessoal é desanimada e não busca estímulos para crescer por ser prisioneira de suas limitações.
Para a escola não é tarefa fácil transformar ou seja reeducar o aluno com baixa inteligência intrapessoal, contudo não é impossível.
Fazendo uma avaliação coerente do aluno com baixa inteligência intrapessoal o professor poderá ajudá-lo  a progredir, oferecendo atividades que dinamizam os princípios básicos de convivência, trabalhando todos os itens interiores, procurando melhorar seu desempenho. Provavelmente os resultados serão positivos e o aluno tornar-se-á um indivíduo de melhor trato, entretanto, para que isso aconteça é necessário treinamento diário, continuo e coletivo, onde a opinião de um auto-observador é de suma importância desde que siga alguns critérios de observação.( ver vídeo em anexo a observação da aula de D, Judite)
Comprovamos este processo na fala da aluna B (EJA) referindo-se ao relacionamento do professor com o aluno e do aluno com o grupo “Em sala de aula é importante  quando a professora trata o aluno de igual para igual , sabe explicar e é atenciosa. O individual se transforma em coletivo”. [...] Aluno C (EJA) “Eu gosto da educação oferecida nesta escola. Quando tem uma professora dedicada, por mais que a gente faça uma pergunta ignorante, ela responde de uma maneira que não ofende ninguém”.
O sucesso da aprendizagem do aluno para Rubem Alves (2000), está na alegria da escola, no prazer que o professor expõe seus ensinamentos  e na relação afetiva professor-aluno.
Numa época em que se busca uma visão de mundo mais holística, global, sistêmica, que enfatiza o todo em vez das partes, que busca o resgate de valores, das relações interpessoais solidárias e cooperação mútua, da importância do toque e do abraço, é inadmissível uma escola que não se inclua, não participe, não dê sugestões, não divida, não compartilhe idéias e sugestões, sentimentos e emoções e que não respeite as diferenças.
Torna-se,  nesse sentido,  de extrema necessidade para o educador pensar na importância de valorizar o fator emocional  e o relacionamento para a formação e desenvolvimento da aprendizagem dos mesmos. Por isso:

 “Além de uma ampliação de recursos para a leitura dos traços expressivos, desse processo de leitura dos corpos e rostos espera-se contribuições para o trato com as dinâmicas interativas  desencadeadas pelas emoções (...) Dantas propõe uma atmosfera saudável para a aprendizagem suporia ainda uma elevação da temperatura afetiva, isto é, um sólido vínculo afetivo entre o professor e o aluno.” (GALVÃO, 1998, p. 57-58).

                          
 Notadamente percebemos na observação do trabalho da professora A (EJA), que em sala de aula possui uma relação de afetividade, buscando o atendimento individualizado, mantendo a proximidade física o que é de fundamental importância para a segurança do aluno, o que não percebemos com a professora B ,por ser mais tímida, mantém um distanciamento do aluno dando motivos para reclamações constantes. Cabe salientar que o aluno da Educação de Jovens e Adultos, exige atenção maior (é mais carente) que o aluno de séries iniciais. Na verdade todo ser humano gosta de ser tratado com afeto.
 A inteligência intrapessoal e interpessoal possui semelhanças como:
         
“Enquanto a inteligência intrapessoal é da auto-estima, auto-respeito e, por analogia, a auto-aceitação, a inteligência  interpessoal é a maneira como construímos nossas relações com outras pessoas e a forma como nos sentimos completados quando em relação a essas pessoas.” (ANTUNES, Celso, 2003, p.32)

Na escola encontram-se rotineiramente, alunos que vivem isoladamente, amam a solidão,parecem ter nascido para viver consigo mesmo, não se sentem bem com o grupo, não gostam de barulho, transformando-se em adultos que não vivem o mundo “para fora” e preferem cultuar seu interior, tendo assim uma inteligência interpessoal pouco desenvolvida. Caberia, portanto, ao professor visualizar o problema buscando soluções para que o aluno desenvolvesse esta inteligência para poder construir um relacionamento amistoso com os quais convive.
Obviamente que não existe nada de errado nas pessoas serem assim, desde que ao interagirem com outras pessoas sejam bem aceitas e ao construírem seu mundo social, tendo como base o isolamento, mesmo assim sintam-se felizes. O maior problema ocorre quando essas pessoas são obrigadas a trabalhar com o público precisam abdicar à vida isolada com que sonham, por isso é possível encontrar freqüentemente funcionários públicos estáveis, com freqüente mau-humor onde prestam mau atendimento às pessoas.
Talvez, se possa assim também justificar a atitude de muitos professores, que se encontram nas escolas precisando trabalhar com seres humanos, se tornam, infelizes e grosseiros, agridem os alunos tornando isso um desastre para a educação que:

“Com absoluta certeza esse infeliz que se realizará como um pesquisador ou um explorador, sempre terá muita dificuldade para administrar uma sala de aula para compreender a dinâmica  dos diferentes grupos que a compõe e para conviver com uma ação profissional tão “para fora” quanto a do magistério...o infeliz não está “errado” porque não aprimorou sua inteligência  interpessoal, mas está profissionalmente deslocado conseqüentemente infeliz, por escolher uma atividade em que a abertura para os outros é essencial. Seria muito bom se esse professor treinasse sua inteligência interpessoal ....Garanto que é mais fácil que procurar outra profissão.”  (ANTUNES,Celso, 2003, p. 33)

Portanto se existe a necessidade de trabalhar a inteligência interpessoal no aluno, há uma necessidade muito maior de trabalhar no professor o desenvolvimento desta inteligência,pois como prova a psicologia humana, o adulto possui maior dificuldade de desenvolver aprendizagens, cabendo, então, a equipe gestora da escola detectar os problemas e em conjunto, encontrar a solução pois, quando ambos os lados possuem essa inteligência desenvolvida, as atividades fluem e a relação é fortificada com cumplicidade.
Em relação aos profissionais em geral, mesmo que não precisem utilizar a inteligência interpessoal, é necessário tê-la razoavelmente desenvolvida para freqüentar sem opressão uma escola e ser aceito por colegas e  amigos e ainda, para a construção familiar, desenvolvendo-se harmoniosamente, estabelecendo relações úteis de convivência em sociedade.
Para Antunes, (2003) todo ser humano que possui inteligência interpessoal desenvolvida precisa ter a capacidade de empatia, isto é de sentir-se como o outro, tendo a capacidade em reconhecer a emoção  podendo ouvir com interesse, consideração, legitimar o sentimento do outro e mostrar a capacidade de sentir toda a extensão do mesmo; criticar o gesto que desaprova, jamais confundindo a critica com a pessoa que praticou o gesto; ajudar as pessoas a nomear suas emoções que ao perceber um sentimento contrário, buscar a identificação do elemento que o caracteriza (raiva, frustração, ansiedade, insegurança, vingança ...) para posteriormente ajudar a superar. Por isso:“... nomear emoções pode parecer uma atitude não muito importante mas na verdade funciona como uma mãe que, ao ver que seu filho não está muito bem, procure inicialmente nomear seu mal para dar inicio a cura.”  (ANTUNES,Celso,  2003, p. 30)

Entretanto, o fator mais importante da inteligência interpessoal, segundo o autor acima citado é encorajar a busca para a solução de problemas de convivência, porém sugerir uma solução não significa ter resposta pronta e certa para o problema, nem mesmo devem-se transportar leis morais e aplicá-las ao acaso, pois os valores morais estabelecidos pela sociedade todos já conhecem. Nesse caso, o que se espera é a imparcialidade e a sensibilidade de sugerir uma saída por estar um pouco distante do caso, sem exigências, com o intuito de ouvir e propor soluções, contudo, caberá a quem está com o problema se deve ou não acatar a sugestão.
Por ser esta inteligência determinada por herança biológica, a escola não tem poder para mudar os traços biológicos mas poderá apresentar recursos que facilitarão a estimulação e aprendizagem através  da interação do aluno que possui está dificuldade com os diversos segmentos da comunidade escolar. Ë nesse aspecto que reside a necessidade da escola oferecer um ambiente de alegria e acolhimento a todos os alunos que ali chegam.
  
 “...ignore generalizações e veja em cada pessoa algo absolutamente incomparável e único. Se os seres humanos, fisicamente, são diferentes [...] são ainda muito mais singulares e                                                               únicos na forma como vivem e como pensam, como escolhem seus amigos e elegem seus valores. [...] Quero mostrar que a  confiança em si mesmo, a auto-estima e o autocontrole são elementos que se treinados podem nos levar a viver melhor.” (ANTUNES, Celso, 2003, p. 47 e 51)


Por ser movido pelas emoções e sentimentos o aluno deve ser compreendido no ambiente escolar pelo grupo, somente assim haverá harmonia e aprendizagem.