Katia Gomes
Em uma turma de
sétimo ano de Ensino Fundamental, três alunos se comportam demonstrando inadaptação escolar.
Não trazem o material, não cumprem tarefas de casa, não se relacionam com os
demais colegas nem em sala nem no pátio.
São novos na
instituição. E como estamos no final do primeiro bimestre, foi possível observar que não puderam demonstrar
rendimento acadêmico.
INTRODUÇÃO
Mesmo
para os estudantes que possuem mais facilidade de socialização e convívio
com outras pessoas, não importando a idade, sempre que é necessário mudar de
escola, seja qual for o motivo, é sempre um desafio. O processo de adaptação de
uma escola para a outra é doloroso
para os estudantes, entretanto na adolescência isso se agrava devido ao mesmo
estar enfrentando inúmeras mudanças sejam físicas ou emocionais. Assim a escola precisa
estar atenta as necessidades e diferenças individuais de cada aluno.
Todos os envolvidos
no processo escolar devem rever seu planejamento, repensar seus objetivos e rever a sua postura diante
dos alunos. A ideia de que a disciplina é importante na escola, não apenas como
um conjunto que organiza o ambiente escolar, mas também, como um objetivo
educacional que leva o aluno à construção do conhecimento, da liberdade e
principalmente da Autonomia precisa ser revista e adaptada a cada realidade.
É importante
seguir o currículo escolar, vencer os planos de aula e obter bons resultados na
aprendizagem, mas nada disso é importante se o aluno não se sente bem no
ambiente escolar. É preciso portanto, verificar as necessidades de cada aluno e
ter um olhar especial aos alunos que chegam, e como chegam na escola. Para que
o mesmo possa se adaptar o mais rápido possível ao novo ambiente.
Seleção de estratégias (observação, análise de documentos,
entrevista, aplicação de questionários) para coleta de dados;
Em
um primeiro é necessário conhecer o histórico
destes alunos, verificar de onde vieram, porquê vieram e quais as sua
dificuldades em um segundo momento observar os alunos em sala, no recreio. Para
Castro:
"Esse ambiente de mudanças, que traz consigo uma radical
mudança no processo de troca de informações nas organizações e afeta,
também, todo um sistema de comunicação baseada no paradigma da transmissão
controlada de informações, favorece o surgimento e a atuação do que chamo
de novos Messias da comunicação, que prometem internalizarem nas pessoas
os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e o comprometimento
à nova ordem de coisas, organizarem rituais de passagem em que se dá outro
sentido aos valores abandonados e introduz-se o novo." ( 2012,p.14)
Em
seguida chamar os alunos individualmente para uma conversa entrevista; fazer
apontamentos; questionar suas necessidades; seus anseios e angustias;
Posteriormente
enviar questionário para a família e após análise do questionário, marcar
encontro com os responsáveis pelo aluno para conhecer a sua realidade;
Buscar
soluções para a resolução do problema, conversando com os professores e com a
turma em que os alunos estão inseridos; propor dinâmicas de grupos para
socialização; buscar parcerias com os professores para que ofereçam atividades
de integração; envolver os alunos em atividades da escola; chamá-los para que
sejam responsáveis por atividades importantes.
E
por fim fazer uma análise e avaliação dos resultados, que envolve os
professores, os colegas, os próprios alunos e a família.
É preciso entender que o contexto comunitário,
cultural e familiar
em que o
aluno vive e que
tem igualmente muita influência
no aparecimento de conflitos no ambiente
escolar, dificultando a socialização.Lourenço (1996, p.99) , afirma que “o pai ou a mãe estão a contribuir decisivamente para a prevenção
de comportamentos anti-sociais do seu filho, quanto menos este 'tiver de viver
angustiado com os problemas de emprego, saúde e habitação”.
Já D’Antola diz que:
O aluno que é
deixado de lado, ocupado com tarefas que não lhe interessa, pode tender para
duas atitudes extremas: ou se torna apático e se sente diminuído e alheio aos
trabalhos escolares, ou se torna revoltado, chamando atenção de todos,
agredindo para ser ouvido. No primeiro caso, é ignorado, pois não incomoda
ninguém. No segundo, é punido e repudiado por todos. Em ambos os casos, o
resultado é um só: a exclusão da escola, engrossando as estatísticas da evasão
escolar. (D’ANTOLA, 1989:86).
Neste
sentido, o serviço de orientação educacional deve estar atendo e propor formas
de conquistar este aluno, envolvendo o mesmo em atividades do seu interesse e que assim possa estar na
escola não apenas por necessidade mas porque está aprendendo e se
desenvolvendo. De
acordo com Chagas (2001) “devem coexistir na escola, a disciplina e a educação
para a liberdade e responsabilidade. A liberdade não é o direito de fazer o que
se quer, mas sim, fazer o que se deve.”
Portanto a socialização,
a interação e a cooperação entre os pares deve ser uma prática diária no ambiente
escolar.
Referências
CASTRO, Elisangela de Jesus. Relações
interpessoais, 2012. http://pt.scribd.com/doc/111703527/10.
Acessado em 19 de julho de 2013.
LOURENÇO, Orlando M.- Educar hoje as crianças para o
amanhã 1996. www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/indisciplina-escola-que-fazer/
http://marismartins.blog.uol.com.br/
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