sábado, 27 de julho de 2013

PROPOSIÇÃO: ESTUDO DE CASO

                                               Katia Gomes
            Em uma turma de sétimo ano de Ensino Fundamental, três alunos se         comportam demonstrando inadaptação escolar. Não trazem o material, não cumprem tarefas de casa, não se relacionam com os demais colegas nem em sala nem no pátio.
            São novos na instituição. E como estamos no final do primeiro bimestre, foi  possível observar que não puderam demonstrar rendimento acadêmico.
INTRODUÇÃO
            Mesmo para os estudantes que possuem mais facilidade de socialização e  convívio   com  outras pessoas, não importando  a idade, sempre que é necessário mudar de escola, seja qual for o motivo, é sempre um desafio. O processo de adaptação de uma escola para a outra  é  doloroso para os estudantes, entretanto na adolescência isso se agrava devido ao mesmo estar enfrentando inúmeras mudanças  sejam físicas ou emocionais. Assim a escola precisa estar atenta as necessidades e diferenças individuais de cada aluno.
            Todos os envolvidos no processo escolar devem rever seu planejamento, repensar  seus objetivos e rever a sua postura diante dos alunos. A ideia de que a disciplina é importante na escola, não apenas como um conjunto que organiza o ambiente escolar, mas também, como um objetivo educacional que leva o aluno à construção do conhecimento, da liberdade e principalmente da Autonomia precisa ser revista e adaptada a cada realidade.
            É importante seguir o currículo escolar, vencer os planos de aula e obter bons resultados na aprendizagem, mas nada disso é importante se o aluno não se sente bem no ambiente escolar. É preciso portanto, verificar as necessidades de cada aluno e ter um olhar especial aos alunos que chegam, e como chegam na escola. Para que o mesmo possa se adaptar o mais rápido possível ao novo ambiente.
Seleção de estratégias (observação, análise de documentos, entrevista, aplicação de questionários) para coleta de dados;
            Em um primeiro  é necessário conhecer o histórico destes alunos, verificar de onde vieram, porquê vieram e quais as sua dificuldades em um segundo momento observar os alunos em sala, no recreio. Para Castro:
"Esse ambiente de mudanças, que traz consigo uma radical mudança no processo de troca de informações nas organizações e afeta, também, todo um sistema de comunicação baseada no paradigma da transmissão controlada de informações, favorece o surgimento e a atuação do que chamo de novos Messias da comunicação, que prometem internalizarem nas pessoas os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e o comprometimento à nova ordem de coisas, organizarem rituais de passagem em que se dá outro sentido aos valores abandonados e introduz-se o novo." ( 2012,p.14)

            Em seguida chamar os alunos individualmente para uma conversa entrevista; fazer apontamentos; questionar suas necessidades; seus anseios e angustias;
            Posteriormente enviar questionário para a família e após análise do questionário, marcar encontro com os responsáveis pelo aluno para conhecer a sua realidade;
            Buscar soluções para a resolução do problema, conversando com os professores e com a turma em que os alunos estão inseridos; propor dinâmicas de grupos para socialização; buscar parcerias com os professores para que ofereçam atividades de integração; envolver os alunos em atividades da escola; chamá-los para que sejam responsáveis por atividades importantes.
            E por fim fazer uma análise e avaliação dos resultados, que envolve os professores, os colegas, os próprios alunos e a família.
             É preciso entender que o contexto comunitário, cultural   e  familiar  em  que  o  aluno  vive e  que  tem igualmente  muita influência no aparecimento  de conflitos no ambiente escolar, dificultando a socialização.Lourenço (1996,  p.99) , afirma que  “o pai ou a mãe estão a contribuir decisivamente para a prevenção de comportamentos anti-sociais do seu filho, quanto menos este 'tiver de viver angustiado com os problemas de emprego, saúde e habitação”.
Já  D’Antola diz que:
O aluno que é deixado de lado, ocupado com tarefas que não lhe interessa, pode tender para duas atitudes extremas: ou se torna apático e se sente diminuído e alheio aos trabalhos escolares, ou se torna revoltado, chamando atenção de todos, agredindo para ser ouvido. No primeiro caso, é ignorado, pois não incomoda ninguém. No segundo, é punido e repudiado por todos. Em ambos os casos, o resultado é um só: a exclusão da escola, engrossando as estatísticas da evasão escolar. (D’ANTOLA, 1989:86).
            Neste sentido, o serviço de orientação educacional deve estar atendo e propor formas de conquistar este aluno, envolvendo o mesmo em  atividades  do seu interesse e que assim possa estar na escola não apenas por necessidade mas porque está aprendendo e se desenvolvendo. De acordo com Chagas (2001) “devem coexistir na escola, a disciplina e a educação para a liberdade e responsabilidade. A liberdade não é o direito de fazer o que se quer, mas sim, fazer o que se deve.”
            Portanto a socialização, a interação e a cooperação entre os pares deve ser uma prática diária no ambiente escolar.
Referências

CASTRO, Elisangela de Jesus. Relações interpessoais, 2012. http://pt.scribd.com/doc/111703527/10. Acessado em 19 de julho de 2013.

LOURENÇO, Orlando M.-  Educar hoje   as crianças para  o  amanhã 1996. www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/indisciplina-escola-que-fazer/ http://marismartins.blog.uol.com.br/

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